Resenha - Os Miseráveis

Sinopse: O fio condutor é o personagem de João Valjean, que, por roubar um pão para alimentar a família, é preso e passa dezenove anos encarcerado. Solto, mas repudiado socialmente, é acolhido por um bispo. O encontro transforma radicalmente sua vida e, após mudar de nome, Valjean prospera como negociante de vidrilhos, até que novos acontecimentos o reconduzem ao calabouço.

fonte: Skoob

A história começa retratando o encontro entre um bispo, muito sábio e caridoso, e um ex-condenado chamado João Valjean. E a partir desse encontro esta última personagem sofre uma mudança de caráter inimaginável. Assim, começamos a seguir a trajetória da sua vida assim como a de outros personagens que passam por ela.

"Então, a cabeça branca e venerável de João Vajean pendeu sobre a cama, aquele velho e estoico coração sentiu-se despedaçado, o rosto abismou-se-lhe, por assim dizer, no vestidinho de Cosette, e se alguém naquele momento tivesse passado pela escada teria ouvido assustadores soluços"


E isso é digno de nota: quantos personagens! Chegou um momento que eu confundia os que tinham nomes parecidos. Mas, apesar disso, todos eles são importantes e são amarrados na obra de tal modo que mais de uma vez eu pensei que não podia ser aquela pessoa que tinha chegado naquele lugar.
Há aqueles que cativam e pelos quais você torce pela felicidade como Cosette e o próprio João. Não que sejam os únicos que sofrem no decorrer do livro, mas pelo menos para mim, eu torcia desesperadamente que tudo desse certo no final.
Como não poderia faltar, tem-se os personagens detestáveis e insuportáveis e esse posto fica, sem dúvida, com o casal Thenardier. Tudo o que eles fazem é digno de raiva e de torcida desfavorável.

A obra retrata momentos históricos muito importantes na história francesa: a batalha de Waterloo e as revoltas de 1832. Para quem não gosta muito de cenas históricas, podem ter capítulos mais maçantes que outros, mas todos eles são válidos, tantos para a história da obra quanto para conhecimento de mundo.

Eu achei muito forte no livro a descrição tanto das pessoas como dos lugares em que elas viviam. E de repente o título do livro tomou um significado completamente diferente. Um noção de miséria que eu tenho não se compara com a realidade deles; eu não sei o que é passar frio, fome ou humilhação tão grande como a deles.
E, na minha humilde opinião, é o maior ponto do livro. A descrição das dificuldades e do como elas foram vencidas. Eu adorei a leitura, não é de vocabulário complexo e valeu cada pedacinho, mesmo aqueles que eu ficava com uma raiva imensa.

"Repitamos o grito: Luz! Mas repitamo-lo obstinadamente! Luz! Luz! Não são as revoluções, transfigurações?"


Confesso que o que mais me deu vontade de ler o livro foi o filme que será lançado muito em breve, no início de fevereiro. O filme aparenta ser uma super produção, com o formato de musical e que conta com a presença de muitos atores renomados, como Hugh Jackman, Russel Crowe, Anne Hathaway, Amanda Seyfried e Helena Bonham Carter. Quem está animado com a estreia?

Minha classificação final:



Coisas que talvez você queira saber

Autor: Victor Hugo;
Editora: Várias, mas a da ilustração acima, Cosac Naify;
Ano de Lançamento: 1862;
Páginas: 1280



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